6 de dezembro de 2010

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Solidariedade Natalícia

Vem aí o Natal, tipicamente uma época de alegria e de solidariedade com todos aqueles que precisam. Na verdade, nesta altura de suposta paz e harmonia muitos são os que voltam a colocar a máscara da “hipocrisia” fazendo de conta que se importam com o “próximo”. E então é vê-los, quais figuras públicas televisivas, a apelar aos restantes portugueses para que contribuam para esse “esforço”. Claro que para os próprios o esforço resume-se a pouco mais que “dar a cara”. Mesmo que alguns contribuam financeiramente, o seu esforço face ao respectivo rendimento é quase sempre muito inferior à proporção do esforço daqueles a quem os seus apelos se dirigem. E muitas dessas pessoas são efectivamente pobres que, no entanto, com o seu “pequeno contributo” são os que realmente fazem o “esforço maior”.

solidariedade , Natal

Nunca como agora se viram tantos apelos à solidariedade, o que só vem demonstrar que há cada vez mais pessoas carenciadas. Isto deve-se às muitas “falhas” de todos aqueles que tem responsabilidade para que isto não se verifique. A melhor forma de sermos solidários é prevenirmos a ocorrência dessas “falhas”. É aquilo que eu classifico de solidariedade proactiva. Isso significa que devemos ser competentes em tudo aquilo que fazemos, especialmente quando isso afecta, para bem ou para o mal, os outros. A necessidade de sermos solidários é já uma consequência dessas “falhas”. Quando existe má governação política, má gestão empresarial, negligência profissional, más e morosas decisões jurídicas, maus princípios éticos e morais, desonestidade e laxismo, o resultado só pode ser um maior empobrecimento do país. E é por isto acontecer que surge a necessidade de sermos solidários “a jusante” quando todo o mal já está feito.

2 comentários:

  1. Por falar em HIPOCRISIA;

    http://www.facebook.com/notes/a-favor-da-reducao-dos-vencimentos-dos-politicos-ja/zita-seabra-1-antonio-mexia-0/173709389334740

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  2. Realmente o que se vê é que quem pode pratica uma solidariedade da treta. Agora temos esses apresentadores "milionários" da RTP a apelar numa campanhazeca qualquer denominada RTP+... se tivessem mas é um pingo de vergonha nem apareciam sobretudo depois de se saber os valores dos seus ordenados "pornográficos" na ordem dos 20.000€ a 30.000€ por mês!

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